segunda-feira, 14 de maio de 2012

SURFE DE SOFÁ – COUCH SURFING


Figura1: Representação de Couch Surfing


Quem um dia não pensou em ir a algum lugar, mas tinha pouco dinheiro para se hospedar? Acho que isto passa pela cabeça de muita gente. Alguém pensou nesta questão com muita seriedade e resolveu fazer de seu sonho uma realidade, criando o movimento CouchSurfing (CS), uma rede mundial de pessoas que oferecem acolhimento de graça para viajantes nos “sofás” de suas casas. Em português este movimento recebe o nome de “surfando no sofá.” O criador desta categoria alternativa e altruísta de hospedagem foi o americano Casey Fenton, em 1999.

Nesta categoria de hospedagem as pessoas são recebidas de acordo com as regras do anfitrião, pois o CS não é um hotel e por hospedar pessoas em sua casa, os Couch Surfers, nome dado aos membros da comunidade CS, precisam seguir os princípios de comportamento de cada casa. Mais do que hospedar e conhecer pessoas, a comunidade CS tem a missão de conectar em redes, pessoas e lugares, com um padrão internacional; criando intercâmbios educacionais; aumentando a consciência coletiva; disseminando a tolerância e facilitando o entendimento entre as pessoas.

Foto 1: Couch Surfers (meeting)


Os contatos são feitos através da internet pelo site http://www.couchsurfing.org, onde as pessoas se cadastram e buscam os “sofás” disponíveis no seu destino. O site indica através de uma busca interna as acomodações oferecidas, que em geral são mais modestas e dependem da condição social do anfitrião onde ficará o hospede, elas vão de sofás a camas, para uma passagem de curto período, até conseguir o próximo sofá ou outro destino. As refeições não são incluídas na hospedagem, apenas são oferecidos locais para dormir.

Os CounchSurfers são pessoas solidárias que se dispõe a receber turistas nacionais e internacionais em suas casas, como uma forma de diminuir a solidão das pessoas e aumentar a solidariedade, comprovando que as pessoas são receptivas e hospitaleiras, pelos menos os CS são assim. Os turistas e os anfitriões são avaliados e têm suas referências e considerações disponíveis para serem visualizadas por outros interessados em vagas nos sofás. Criando uma rede de confiança, comunitária. As pessoas recomendam ou não os lugares onde estiveram. Depois do movimento da hospedagem do CS, agora já existem outros modelos de Surfe de Sofá, como hospitalityclub, globalfreeloaders e BeWelcome.  


 Figura 2: Mapa de Couch Surfing


Segurança, como fica?

O site do CS têm ferramentas que permitem um sistema de referências, onde as pessoas com quem você encontra deixam mensagens no seu perfil e te avaliam. Estes comentários não podem ser apagados pelo dono do perfil. Ou seja, se você recebe uma referencia negativa, ela fica lá publicada e seu perfil recebe uma marca por isso. Deste modo as pessoas decidem se querem hospedar alguém com referências negativas.

Existe uma confiança mútua que direciona a decisão de quem concordar ou não em receber um estranho. As consultas, referências e conversas entre os usuários são comuns para aqueles que decidem colocar suas casas a disposição dos viajantes. Problemas de relacionamento podem acontecer não apenas quando se recebe uma pessoa importuna, mas quando você se hospeda na casa de alguém.

Foto 2: Couch Surfers 

O projeto CS possui 3 tipos de seguranças que se baseiam na confiança das pessoas:
Referências: as pessoas se baseiam nas referências para ver quem é confiável ou não; experiências positivas, negativas e neutras podem ser dadas para qualquer membro do CS.  conhecendo pessoas que passam por sua cidade, chamando para tomar um café, conversar e indo aos encontros de Couch Surfers (Meetings) da região, participando de grupos na cidade ou estado. É recomendado deixar uma referência para a pessoa que conheceu, e se mostrou confiável, seja durante o passeio, mostrando a cidade, acompanhando em um barzinho, ajudando de alguma em assuntos no CS. Isso aumenta a credibilidade da pessoa. Uma boa referência escrita conta muito, então sempre elogie as qualidades para quem está escrevendo.
Membro Verificado: O usuário verificado é aquele que faz uma doação para o site através de um cartão de crédito internacional em seu nome e é emitida uma fatura do seu endereço residencial. O site confirma o nome e o endereço, provando que você mora no lugar que indicou. Esta contribuição é um símbolo contendo cifras/iene/euro que aparecem em alguns perfis. A verificação é um ‘tick’ (um V verde). A opção de doação não é obrigatória, e pode ser feita a qualquer momento se desejar.

Voucher (Voto de Confiança): os primeiros Couch Surfers (criadores do site) criaram um sistema de voto de confiança que foi passado para os membros em que eles realmente acreditavam; quando um membro recebe 3 votos de confiança, ele pode começar a dar o voto para todas pessoas que ele acha confiável (esse é um símbolo de 4 braços ligados que aparecem em alguns perfis). Para conseguir um voucher é preciso conhecer pessoas, fazer amizades e participar dos eventos CS da região, além de sempre ajudar o próximo. Trocar experiências com os veteranos no site pode gerar alguns vouchers com o tempo. Este é um ‘voto’ de extrema confiança que se conquista e por isto é muito importante na hora de analisar o perfil.

Mais informações no site: http://www.couchsurfing.org





quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Turismo Acessível


A solidariedade no turismo vai além da possibilidade econômica e social, ela entra nas barreiras físicas e alcança a acessibilidade e o direito de ir e vir das pessoas com algum tipo de deficiência física.

“A compreensão mais recente da deficiência entende que as incapacidades são produzidas na interação com o ambiente e são frutos da forma como este está organizado. Por isso, a sociedade é que deve transformar-se, no sentido de eliminar as barreiras que impedem a pessoa de exercitar plenamente as suas capacidades e exercer sua cidadania.”  (Susie Alcoba)

Quero comentar um case que mostra a falta de investimentos na capacitação dos funcionários no relacionamento com os clientes, mostrando uma inabilidade na gestão dos Recursos Humanos da empresa. A empresa deve estar preparada para oferecer um atendimento de qualidade a seus clientes. Este case fala da experiência de uma pessoa na acessibilidade do turismo, mostrando a importância em fazer projetos que levem em conta as necessidades e o contexto das pessoas com necessidades especiais. O Case Preconceito e discriminação no Turismo, postado no Blog Turismo Adaptado, pelo Turismólogo Ricardo Shimosakai.

Fonte: Google

O case aconteceu quando Shimosakai, em busca de realizar seu sonho em fazer a sua primeira viagem internacional a Europa, vai a procura de uma agencia de viagens, considerada de grande porte e conhecida por praticar o turismo acessível em todos os níveis: social, econômico e pensávamos, eu e o autor do case, a acessibilidade física. Seria a sua primeira viagem depois de ter se tornado cadeirante. Ricardo tinha dúvidas quanto ao destino, mas após consultar o agente de viagens, resolveu fazer o pacote fechado de 27 dias, para o final do mês de julho a meados de agosto, para Portugal, França, Espanha e Inglaterra. O agente teve duvidas quanto à hospedagem, devido às condições físicas de Ricardo, que o tranquilizou dizendo que saberia se cuidar sozinho sem precisar de ajuda, na condição dos hotéis serem adaptados para receber pessoas com necessidades especiais. Após consulta o agente confirmou as condições de acessibilidade dos hotéis e do roteiro. Marcaram então o dia do embarque. Ainda arrumando a documentação para o pacote turístico, o agente percebeu que precisa resolver mais algumas questões, e pediu um prazo para o fechamento do pacote, em seguida enviaria os documentos para casa de Ricardo, através de um motoboy. Ele aguardou alguns dias para o embarque, e por não obter uma resposta, resolveu procurar a agencia e ficou muito surpreso com a resposta do Agente:

 Senhor me desculpe, infelizmente como o senhor nos dará muito trabalho, se quiser viajar, terá obrigatoriamente que arranjar um acompanhante!” (Atendente da agencia de turismo)



A reação de Ricardo foi à previsível, ficou muito irritado e decepcionado devido à expectativa alimentada pela agencia, no momento em que foi contratado o pacote. O agente poderia ter informado sobre a questão da acessibilidade, Pensou Ricardo.  Sua desilusão foi imensa, devido à frustração de seu sonho naquele momento. Logo com ele um profissional de turismo que trabalha com turismo acessível, se vendo discriminado. Passado o susto inicial, nosso protagonista resolveu procurar um advogado e rever seus direitos. Contratou um advogado cego, que luta pelos direitos das pessoas com deficiência, Roberto Bolonhini Júnior.

O juiz deu ganho de causa a Ricardo, após uma verificação do caso utilizando outra pessoa nas mesmas condições. ficou claro para o juiz que a empresa não teve o cuidado necessário para fazer o atendimento aos clientes que precisam de cuidados especiais, pois repetiram o mesmo erro. A sentença decretada pelo juiz, para empresa foi: pagar uma indenização por danos morais, preconceito, discriminação e outras questões que se enquadram nas leis brasileiras e internacionais. A agência processada alegou estar preocupada com o cliente, e queria deixá-lo confortável e sem problemas em sua viagem.

A lição deste episódio fez com que Ricardo, logo depois de ganhar a causa na justiça e por ser um Turismólogo, resolver organizar por si mesmo, a viagem de seus sonhos, aos mesmos lugares que pretendia, pesquisando todos os detalhes, com o cuidado de ver a acessibilidade nos destinos. Um tempo depois da  viagem passou a orientar clientes nas mesmas condições e com outros tipos de dificuldades em viagem de turismo adaptado, e acessível.

Deste case é possível concluir que: as agencias precisam urgentemente preparar seus funcionários para o turismo acessível, com funcionários prontos para recebê- los, com acessibilidade conforme as leis. As informações ao cliente devem ser claras e respeitosas. Os hotéis precisam criar projetos focados na acessibilidade mobiliária, com rampas, móveis e com design de objetos de uso pessoal como talheres, pratos, cadeiras e tudo que for possível para oferecer ao portador de necessidades especiais, condições que os deixem mais independentes, e possam ter mobilidade, em hotéis e lugares públicos.

Mais sobre acessibilidade:

terça-feira, 17 de maio de 2011

MESTRES DO ARTESANATO


falar de artesanato é falar mais de pessoas do que de objetos, pois o produto resultante do trabalho artesanal é um produto com alma, onde estão presentes o saber, a arte, a criatividade e a habilidade.” (Otavio Paz, escritor mexicano, Prêmio Nobel de Literatura).
Segundo Otavio Paz, o Artesanato é essencialmente o próprio trabalho manual ou produção de um artesão. O artesão é aquele que produz objetos pertencentes à cultura popular. Considera-se Artesanato todo trabalho manual, onde mais de 80% da peça foi fruto da transformação da matéria-prima pelo próprio artesão. Geralmente o produto reflete a relação do artesão com sua cultura e o meio onde vive.

Reconhecendo a habilidade manual e os traços culturais empregados nas peças produzidas, que demonstram a profunda sensibilidade da vida simples do interior, onde geralmente vivem os artesãos mineiros, foram homenageados os artesãos: Dona Geralda, fiandeira do município de Francisco Badaró, com quase 84 anos de idade. Dona Zizi, ceramista do Jequitinhonha e mestre Ulisses, escultor de peças em barro, do município de Itinga. Todos os homenageados são do Estado de Minas Gerais.

Foto: Terezinha Furiati – Dona Geralda
Tratando o algodão já pintado


Dona Geralda nasceu na Comunidade de Pacheco, município de Francisco Badaró. Aprendeu com sua mãe desde os 8 anos de idade, o ofício de plantar o algodão e dele criar lindos objetos de usos domésticos no Tear manual, como: tapetes, colchas, caminhos de mesa, almofadas, e muitas coisas mais que a criatividade e habilidade lhe permitirem. Foi a pioneira da cidade e se tornou uma multiplicadora do ofício, desde as plantações do algodão até a produção das peças. Seu marido colocava as cochas que ela fazia, no lombo do burro e saia pelas ruas vendendo, para sustentar a família. Atualmente os homens trabalham com apicultura e na produção de cachaça como fonte de renda.

Foto: Breno Antunes – Dona Zizi

Dona Zizi, moradora de Guaranilândia distrito de Jequitinhonha, considerada como uma paneleira.  Neta de índio e órfã aos 5 anos de idade aprendeu com a avó o ofício de fazer panelas de barro. Da argila extraída as margens do rio Jequitinhonha, rio que também era o meio de se chegar até o município de Almenara para vender sua arte. Com o tempo passou também a ensinar seu trabalho. Mesmo sem muito reconhecimento continua a viver de seu trabalho.


 Foto: Blog do Banu – Mestre Ulisses

Mestre Ulisses é do município de Itinga, começou a trabalhar com o barro desde menino, produzindo arte através de peças que contam seus casos, e neles as lendas e histórias do povo de sua terra. Críticas ao descaso de muitos diante das necessidades do povo do Vale de Jequitinhonha. Nas mãos e voz do mestre Ulisses, as lendas se materializam em obras criativas, que mostram o lado cômico como ele vê a vida. Suas estórias são irreverentes, como suas esculturas. Retratam a mitologia, homens em lombos de burros, mulheres crucificadas simbolizando a dura jornada das donas de casa e suas atividades na lida do interior. Segundo ele, as mulheres se queixam da cruz que tem de carregar, durante a gravidez, e a vida das mulheres do vale. Sua Obra mais procurada é a de um grande diabo segurando um homem de terno. A história desta peça fala sobre a ganância do homem simples, que vendeu sua alma ao diabo para ficar rico. Completa sua crítica com o valor da peça, R$666,66, simbolizando o número da besta descrito na Bíblia.

As homenagens foram feitas durante a 12ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha UFMG, que aconteceu dos dias 2 a 7 de maio, na praça de Serviços – Campus Pampulha. Veja o vídeo da Cobertura do evento:   http://youtu.be/cRX-VC13khU


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Oito considerações ao Utilizar as redes sociais para o turismo



Selecionamos para vocês oito considerações de como utilizar as redes sociais para o turismo, mostrando as vantagens porque as redes sociais devem andar juntas:

1       Utilize-as para SEO: a maioria das redes sociais são websites de grande autoridade junto dos motores de busca. Ao ter a sua presença e links nas mesmas, te ajudará a aumentar o ranking do seu website no Google.
2      Novos clientes: Usando canais diferentes do habitual irá aumentar a probabilidade de conhecer novas pessoas, fazendo com que possam encontrá-lo de outras formas além do website podendo assim ganhar novos clientes.
3      Comunicação efetiva: Sabendo o que dizem sobre sua empresa nas redes sociais e participando da comunicação ativa, proporcionará uma  relação com potenciais clientes, passando uma imagem de credibilidade e confiança.
4      Passa-palavra: O chamado “boca boca”, uma ferramenta poderosa na área do turismo. As pessoas que estão nas redes sociais relacionadas com viagens são ávidas por uma informação relevante e original. Quando a obtêm, facilmente a passam a outras pessoas, obtendo assim um efeito viral.
5      Gestão da reputação online: Estando presente nas redes sociais e fazendo uma monitoração e controle constante das mesmas consegue gerir a imagem da sua marca nas mesmas.
6      Tecnologia divertida! Se nunca pensou que utilizar as redes sociais pode ser divertido, então na área do turismo tem uma oportunidade excelente de utilizar todas as ferramentas e aplicações online que o podem ajudar a criar conteúdo original e divertido que o irá ajudar a atrair potenciais clientes: vídeos, artigos, e-books, widgets, álbuns de fotos, grupos de discussão, eventos online, concursos, etc.
7      Fazer parcerias com marcas que o completem: Qualquer que seja o seu negócio na área do turismo, em 99,9% dos casos não está sozinho. Viajar é uma experiência com muitos componentes. Dependendo da sua área, efetuar parcerias online com agências de viagens, empresas de transportes, restaurantes, empresas de atividades afins, hóteis, etc, pode completar a sua presença e oferta nas redes sociais.
8      Dar a conhecer a sua região: Qualquer que seja o seu negócio na área do turismo, este está inserido numa determinada região que as pessoas pretendem visitar e conhecer. Não se limite a dar a conhecer o seu hotel ou restaurante, seja criativo e use as redes sociais para dar mais às pessoas ajudá-las a conhecer a sua região, criando um apetite maior por visitar a mesma.
No mundo das redes sociais ligado ao turismo e viagens, podemos dizer que os potenciais viajantes querem o mesmo que leram de outros viajantes: aquela viagem fantástica com tudo que têm direito. Só tem de ir onde eles estão.

Por: Mariana Zanon

USO DAS MÍDIAS SOCIAIS EM PROJETOS COLABORATIVOS




As mídias sociais crescem a cada dia graças à facilidade de conexão com a internet oferecidas pelas operadoras de telefonia, os smartphones e a disponibilidade de tecnologia de informação ao alcance de um maior número de pessoas. Deve ser lembrado que as ferramentas das mídias sociais e a comunicação digital já são utilizadas muito antes de Facebook, Orkut, entre outros, na criação dos grupos de e-mails que debatem um determinado tema de interesse mútuo do grupo, em blogs, fóruns, etc. Empresas utilizam grupos de e-mails e sites interativos em suas intranets para melhorar a comunicação interna. Além disso, os desafios são muitos, pois a exploração do universo da internet e das mídias sociais tendem a crescer de tal forma que quem conseguir ter mais credibilidade e chamar mais atenção do público terá que se estruturar para atender à demanda social por interação, atenção, atendimento e participação na criação dos novos horizontes das empresas. A FIAT, entre tantas outras, já aposta suas fichas na participação de seu público em hotsites interativos para criar novas tendências de design e produtos resultando em um carro conceito. 
Acesse o link  http://www.fiatmio.cc/ para entender melhor como é o processo desse projeto colaborativo da FIAT.

Por: Gaby Santos

Gestão de Pessoas no Turismo



“Pessoas de mentalidade global são as que investem em imagem mais amplas.” (Rhinesmith)


O gestor de pessoas é responsável em mostrar às pessoas novos horizontes. Para o profissional de turismo isto é um grande desafio, ser formador de opinião nos tempos modernos. A competência do Bacharel em turismo pode ser compreendida como o saber fazer (conhecimento técnico), juntamente com suas habilidades pessoais (lado ser – características pessoais). Por isso, é muito importante para o profissional possuir este conhecimento, técnico e pessoal, isto lhe proporciona uma visão ampla sobre vários assuntos e necessidades.

Podemos dizer que o turismo é um resiliente – capacidade de tirar proveito das adversidades e retornar ao estado natural. Isto quer dizer que em tempos de crise, o trade turístico se reorganiza e inventa novos produtos que visam atender as necessidades dos clientes.

Características básicas dos clientes de turismo

  • Querem ser reconhecidos como ser humano, único, respeitado em sua individualidade e bem-vindo;
  • Querem ter hospitalidade de quem o recebe, fazendo-o sentir-se parte do novo ambiente;
  • Querem ser cuidados por orientações, informações, amabilidade, calor humano, atenção, etc.
Toda esta expectativa se vai quando o turista recebe um mal atendimento. Quando nem recebe um bom dia ou uma informação correta. A gestão de pessoas é fundamental para o turismo, pois este se caracteriza pela prestação de serviços, e a qualidade do serviço depende do fator humano.

Por: Marina Albano

domingo, 15 de maio de 2011

As Mídias Sociais e Seu Impacto No Turismo Solidário

Foto: movimento água e vida



As mídias sociais vão além das expectativas das empresas em geral, e no caso do turismo isto não é diferente, pois através delas é possível realizar ações positivas diante de catástrofes, que também são apontadas por estas mídias, mas com a vantagem, se bem utilizada por um profissional ético da área, poder criar um impacto positivo, mobilizando as pessoas, fomentando a participação de caráter ecológico, de cooperação humanitária, levando pessoas através do turismo a realizar visitas a estes lugares, para oferecer ajuda e confirmar a ação de restituição do local, onde será reparada, a medida do possível, o dano causado e aplicar a devida restituição ao meio ambiente destruído.

O episódio de Em 11 de maio, no México é um exemplo desta ação solidária pelas redes sociais e turistas. Cerca de três semanas após o vazamento, a divisão de turismo do Estado da Florida, a Visit Florida, lançou uma campanha de marketing aproveitando as ferramentas de mídia social para divulgar informações sobre o vazamento. Eles criaram um website chamado Florida Live, para fornecer em tempo real informações sobre os danos que foram causados ou não, pelos vazamentos na costa do Estado.

Para noticiar sobre o derramamento, o site adicionou vários recursos, como vídeo ao vivo das praias, mapas do Google com links para o Twitter de moradores locais e páginas do Flickr. O site da Flórida teve um aumento de 46% em suas visitas em relação ao mesmo período do ano anterior, e bateu o seu tráfego na página do Facebook dez vezes mais, e agora tem mais de 8.000 fãs. As conseqüências do acidentes continuam afetando o turismo na Florida, mas mesmo assim conseguiu um aumentado em todo o estado no último trimestre de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.



Foto: de AP 

O turismo moderno necessita da mídia social, por que ela pode fazer com maior rapidez, a conecção dos moradores locais com os potenciais turistas. O Florida Live liga os tweets locais e fotos a um mapa do Google, agregando o conteúdo que os moradores e turistas já estavam criando, complementando os esforços que usam os meios tradicionais de mídia.A estratégia de marketing adotada foi muito apropriada para o estado da Florida. As praias estavam limpas em sua maior parte, então, o Visit Florida mostrou para as pessoas que as praias realmente estavam limpas e qual era a situação da área em tempo real através de câmeras, fotos e depoimentos dos moradores locais.

Tudo isso mostra o potencial das mídias sociais para as divisões estaduais de turismo. O Florida Live nasceu do vazamento de petróleo, mas as informações, conceitos e ferramentas construídas irão continuar muito além. Essa é uma forma de mostrar o compromisso com os visitantes e reforçar uma mensagem de confiança, que possuem um grande peso na hora de se escolher um destino para fazer turismo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE E AJUDA HUMANITÁRIA


  



Em tempos de Calamidades, muitas vezes ficamos assistindo tudo pela TV, chocados e impotentes sem saber como ajudar. Mas há o que pode ser feito sem muito esforço e de forma consciente e perpétua, através da doação de roupasalimentos e do seu raro sangue. Sim, dar o sangue não é apenas uma forma de dizer, quando se dedica muito a uma coisa, é uma ação que salva vidas e faz diferença no contexto de vida de muita gente e talvez na sua também.

A Campanha “Seu sangue é Raro Doe” é uma iniciativa do pessoal da comunidade do Teatro Mágico – MG, com o objetivo de estimular a doação de sangue e o cadastro de doadores de medula óssea, para contribuir com o banco dos Hemocentros do país. http://sangueraro.blogspot.com/ . Será no dia 05/02/2011 no hemominas em Belo Horizonte. Depois deste dia de grande mobilização de pessoas, pode continuar a fazer as doações.

    Foto: Izabela Brant vocalista da Banda “Menina do Céu”
    por Daniel Miranda para (divulgação)


 A Vocalista Isabela Brant, da Banda “Menina do Céu”, Em entrevista para RAE Turismo, também prestigiou a Campanha “Seu Sangue é Raro Doe”, brincando com a logomarca da campanha no pescoço, logo após o seu show no dia 22/01 no novo espaço Mercado das Borboletas. Ela que foi uma das atrações do Ponto de Encontro do bar da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança.
  


A contribuição humana para as vítimas das enchentes também é muito importante, e precisa ser permanente assim com a doação de sangue. Ambos precisam de manutenção. No caso das vítimas das enchentes, os desabrigados precisam de roupas, alimentos, água, calçados, e também de apoio humano devido as perdas de famílias inteiras, agora temos muitas crianças órfãs que precisam de apoio e mesmo no meio da calamidade, continuam a ser crianças, e precisam de brinquedos, e carinho.  

Será preciso reconstruir a vida destas pessoas. Para isto será necessária ajuda humanitária de um mutirão de pessoas para fazer isto, de uma forma rápida e urgente. Pense como pode ajudar e fale conosco. Basta se organizar e ver suas reais possibilidades de ajudar. Lembrando que a ajuda pode ser na construção da cidadania destas pessoas agora, recuperando seus documentos, casas e retomando suas atividades sociais. È assim que se faz um Turismo solidário e humano levando paz e a esperança para s pessoas.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Rota das Sempre Vivas



Foto: Parque Nacional das Sempre Vivas

A Rota das Sempre Vivas na comunidade do vilarejo de Capivari oferece acomodações nas casas dos moradores, escolhida pelo turista. È um roteiro que prioriza o modo de vida campestre da comunidade, oferecendo ao visitante a oportunidade de vivenciar o local, utilizando os mesmos recursos que os moradores e fazendo as refeições nas próprias casas onde estão hospedados. O passeio pode ser feito em 3 dias, onde o visitante terá um inesquecível contato com a cultura local.

Capivari é um vilarejo simples, com muitas flores, rodeado por campos de sempre-vivas, localizado na ladeira do Pico Itambé. É um lugar de pessoas acolhedoras e hospitaleiras. Até a cachoeira do Amaral é feita uma caminhada gostosa compensada seguida de um banho refrescante. A tarde é possível fazer uma visita, às igrejas e ás noites, são oferecidos teatro e forró, mediante combinação prévia. Uma forte caminhada no segundo dia, até a Cachoeira dos Coqueiros, recompensada por uma hidromassagem natural.


Foto: minasgerando.blogspot

A despedida do roteiro é muito agradável, um passeio pelo modo de vida da comunidade. Pela manhã bem cedo, uma caminhada pela várzea, é hora de passear pelos campos de sempre-vivas. Á tarde aprender a secar as flores e conhecer os trabalhos artesanais que são produzidos com elas. Além de participar do processo produtivo do artesanato de Capivari, o Turista ainda pode levar o suvenir que ele mesmo produziu.

Este tipo de turismo é considerado solidário e de baixo impacto no meio ambiente, por não ser um turismo de massa, e permitir apenas grupos de 10 a 25 pessoas no roteiro. Permiti a interação direta do turista com a comunidade local, proporciona ganho econômico aos moradores, preserva o meio ambiente, incentiva a cultura local no caso de Capivari, com a confecção de artesanato, o forró e o teatro, e gerando troca de conhecimentos entre os visitantes e anfitriões. Fazendo desta uma atividade socioambiental.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Turismo que traz a paz

Pode-se fazer uma analogia do turismo como elemento de compreensão e paz entre os povos, aproximando as pessoas de classes e culturas diferentes. Assim se pensou o Turismo como a Indústria da Paz, isto foi pregado no final da década de 1970, quando a república Popular da China abriu suas portas para o mundo ocidental, estabelecendo um relacionamento político melhor com outros países, aperfeiçoando as relações com as nações e a paz internacional, as viagens passaram a constituir uma expressão fundamental da cooperação internacional. As viagens foram usadas como uma estratégia política promotora de paz, conforme kaul (1979) a China abriu suas portas para as nações como uma demonstração de boa vontade e cooperação e colaboração para a paz internacional.

O turismo como colaborador para a paz mundial, tem dois aspectos, segundo os autores Var e Ap (1997) a promoção do intercâmbio cultural como um elemento forte para derrubar as barreiras entre as nações diferentes, e a promoção de um maior entrosamento entre pessoas ou povos de nações distintas harmonizando este intercâmbio. Estes aspectos do turismo foram sugeridos por alguns autores como sendo as condições necessárias para permitir a existência da paz e o seu florescimento. Podendo, portanto, serem considerados como variáveis para a contribuição na relação entre o turismo e a paz.

Fonte: Trabalho de Conclusão de Curso de Turismo - Investigação sobre Turismo Solidário em ONGs